E aí, contador, está por dentro da exigência da NFS-e para o MEI? Bom, nem vamos cometer o deslize de dar conselho para não cair naquele ditado que “conselho não se dá…”. Mas, quer uma dica? Esta obrigatoriedade pode ser uma nova oportunidade para você “abraçar” o MEI e enxergar todo o potencial que mora neste tipo de cliente. Bora ver por quê!
O que muda para o MEI a partir de setembro?
A partir de setembro, estará regulamentado que, se o tomador de serviço (consumidor final) for pessoa física, ficará facultativa a emissão de NFS-e. Porém, se o tomador for pessoa jurídica, o MEI estará obrigado a emitir a NFS-e, podendo ser:
- documento eletrônico (se adequando ao leiaute nacional)
- documento de padrão nacional
- outro documento fiscal municipal
Como o contador pode apoiar o MEI?
Para começar, é importante ter em mente que, em muitos casos, o Microempreendedor Individual está se formalizando pela primeira vez. Em outras palavras, podemos dizer que muitos trabalhavam na informalidade e não estão habituados com obrigações legais.
E você, profissional de contabilidade, pode apoiá-lo para que o MEI ande em dia com a legislação (como no caso da obrigatoriedade da NFS-e) e, consequentemente, obter uma nova entrada de renda ao prestar este serviço.
Além disso, você pode oferecer serviços para atuar em questões mais estratégicas na empresa. Ajudar, por exemplo, o MEI a evitar cometer um erro muito comum: misturar renda e gastos da família com o da empresa.
Por que o contador deve ter MEI na sua cartela de cliente?
Há quem veja o MEI como um cliente de pouco potencial, que vai pagar pouco, etc. E, se você ainda está com este pré-julgamento em mente, fique atento, pois pode estar perdendo uma ótima oportunidade de negócio.
Segundo o Mapa de Empresas do governo federal, atualmente, há mais MEIs no Brasil do que qualquer outro tipo de empresa, já são mais de 14 milhões de empresas registradas nesta categoria. Bom, veja a quantidade de clientes que estão no mercado e que podem precisar do apoio de um contador.
Aliás, saiba que está em discussão elevar o teto de faturamento anual do MEI para R$ 144 mil. Ou seja, com isso, o faturamento mensal passaria de quase R$ 7 mil para R$ 12 mil. E diga-se, se aprovado, isso pode causar um movimento na mudança de categoria das empresas. Ótima chance para o contador brilhar! Ou melhor, ajudar com os trâmites necessários.
Se ainda não se convenceu da grande oportunidade de negócio que é incluir o MEI em sua clientela, vem aí a cereja do bolo, hein?! Lembre-se que há muitos empreendedores que começam como MEI e obtêm ótimos resultados, precisando mudar de categoria. Aliás, um bom argumento para oferecer o seu serviço ao MEI é que, com a ajuda profissional na contabilidade, aumentam as chances do negócio dele se sustentar e até mesmo prosperar.
Então, contador, fica a dica: aproveite esta oportunidade e “abrace” o MEI!